Mercado das pulgas em Gent |
O mosteiro
de Westmalle tornou-se uma abadia trapista em 1836, ano em que os monges
começaram a fabricar as cervejas, passando a vende-las no portão cerca de vinte
anos depois. Hoje a abadia opera uma das mais modernas cervejarias do mundo. A
Westmalle estabeleceu um novo padrão de ales de abadia, quando introduziu os
estilos Dubbel e Tripel em 1930. Após um refinamento da receita em 1956, as cervejas permaneceram virtualmente
inalteradas até os dias de hoje.
O bar
em frente a abadia, o Cafe Trappisten é bonito, sofisticado e cheio. Tomamos na
pressão, a Dubbel, a Triple e muitas pessoas pediam um copo meio a
meio...pedimos também, mais por curiosidade, mas acho que há uma perda das
características de cada uma. Não tinha a Extra com um teor alcóolico menor (5,7%)
que é fabricada duas vezes por ano e só é comercializada ali. Cerveja, queijo
(bom, mas nada que chegue perto dos de Chimay...), fotos e pé na estrada rumo a
única cervejaria trapista fora da Bélgica, a Koninghoeven, mais conhecida
como La Trappe.
A dubble e a tripple |
Estacionamento de bicicleta em frente ao Cafe |
Em frente a Abadia |
-
Extremamente comercial!! Foge completamente do propósito. Não ficaria aqui,
disse um.
- Muito diferente de Roquefort, respondeu outro.
Não resistindo entrei na
conversa: desculpe, mas vocês ficaram na Abadia de Roquefort? Eles estavam
passando uma temporada na Holanda, a trabalho, e tinham interesse por
meditação, vida espiritual dos monges e segundo suas próprias palavras estavam
querendo dar uma desestressada e escreveram para abadia. Qualquer um pode
conseguir se alojar nas próprias abadias passando um tempo, seguindo e
realizando a rotina dos monges...sem pagar nada ou pagando o que puder. Assim
ficaram lá e segundo eles, foi extremamente interessante. Morremos de rir
quando um deles quis deixar claro que eles eram apenas amigos, não formavam um
casal e tão pouco queriam se tornar
monges ...
Li que esse monastério (La Trappe) teve problemas para recrutar novos monges, e este foi um dos fatores que
levaram a venda desta cervejaria para a Bavaria. Entretanto a fabricação das
cervejas ainda é realizada dentro da abadia sob supervisão dos monges. Tomamos
uma Triple, uma Quadrupel e uma Isido’r.
Todas tiradas na pressão. Maravilhosas! Essa última criada em homenagem ao
frade Isidorus Laaber que iniciou a
produção das cervejas La Trappe a 125 anos atrás.
Anoiteceu, fazia frio e
nos nossos planos tínhamos que dormir em Bruxelas, porque o nosso voo ia sair
de manhã pra Nova York. Jantamos em Tilburg em um restaurante japonês
acompanhado de sakê...após tomar as La Trappes, nada de Kirin, não é mesmo!
Voltando pela estrada
fizemos planos de voltar breve...ficaram faltando muitas...Orval, Roquefort,
Achel só para citar as trapistas...
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