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Mantendo como base Bruxelas decidimos no segundo dia alugar um carro e tentar conhecer três cervejarias, bem perto uma da outra: Boostels, Moortgart, e Het Anker, nessa ordem.
Mais ou menos meia hora
depois, seguindo o GPS, encontramos as primeiras placas da cervejaria...Palm. A
Palm é uma das maiores cervejarias familiares independentes da Bélgica. Dizem
os críticos que já foi líder de mercado e hoje tenta agradar consumidores
casuais que exigem mais doçura e consumidores mais sérios que exigem mais
caráter (lúpulo), ou seja bem comercial. Pesado! Como todas as cervejarias, ao
lado tem um bar ou uma brasserie que serve as cervejas e com a Palm não era
diferente. Apesar de não estar entre as minhas programadas, não resistimos e
paramos para conhecer, e não nos arrependemos...
Era mais ou menos 13
horas, e uma moça extremamente simpática falou que estava planejando abrir mais
tarde, mas iria abrir a loja e a sala de degustação para conhecermos. Logo
depois apareceu um senhor perguntando se iríamos fazer o tour pela cervejaria. Pensei, e devido ao horário e pelo o que tínhamos
programado, agradecemos o tour e ficamos um tempo na loja e na sala de
degustação. Afinal, estávamos ansiosos para encontrar com ”Deus”...Karmeliet, Kwak
e assim partimos em direção a Boostels .
Bem perto, chegamos logo
na cervejaria Moortgart, que completou
140 anos de vida em 2011, mantendo-se como uma empresa familiar e carregando
uma história riquíssima que vem sendo
construída e passada de geração para geração.
Foi fundada em 1871 por Jan-Leonard Moortgat, descendente de uma família
de cervejeiros. Essa cervejaria começou a chamar mais atenção a partir de 1923,
quando foi criada a “Victory Ale” para celebrar o fim da primeira guerra
mundial.
A cerveja era bastante
peculiar e diferente de todas as produções na época. Teve um dia, durante uma
degustação na cervejaria, que o sapateiro e amigo da família provou a cerveja e
a definiu como o verdadeiro Diabo em forma de Cerveja, surgindo assim a marca
“Duvel” (Diabo em flamengo).
Estacionamos o carro em
frente a uma casa bonita muito bem cuidada, com uma estátua que depois soubemos
que pertencia a família dona da
cervejaria. Fomos entrando e ao avistar a porta da lojinha de souvenirs tentei entrar e percebi que estava... fechada!
Um pouco apreensivo com medo que acontecesse a mesma coisa que tinha acontecido
na Boostels fomos caminhando e entramos na sala de degustações que estava
aberta, mas não tinha ninguém...passaram-se cinco minutos até que chegou um
senhor muito simpático com um uniforme de trabalho e eu perguntei se estava
fechado para visitação e ele gentilmente falou que tinha largado o serviço
naquele momento, não sabia, mas perguntou se nós não tomaríamos uma cerveja.
Enquanto tomávamos uma Duvel, desceu a escada uma senhora que ele nos
apresentou como sua chefe. Chegou com um grupo que iria fazer uma visita guiada
naquele momento e falou que poderíamos entrar nesse grupo. Só se for agora,
pensei eu e no mesmo instante nos juntamos ao grupo...de brasileiros...dez
paulistas amigos que uma vez por ano viajam juntos e estavam ali visitando a
cervejaria. Imaginei a possibilidade de ser um grupo de argentinos...os
paulistas eram bem divertidos e logo nos enturmamos. Após a visita pelas
instalações fomos recebidos pelo presidente da empresa, que saiu do escritório
para conversar sobre o Brasil, sobre o consumo dessas cervejas fortes no nosso
clima e o desejo de entrar de uma maneira mais forte no nosso mercado. Tomamos
todas, inclusive as La Choufe (que foi comprada pela Moortgart), à vontade! Já de noite, nos despedimos, e felizes voltamos para
Bruxelas. A Het Anker ficou para uma outra vez...
Camisa maneira |
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